Dentre as opções para tratamento de desordens temporomandibulares, a laserterapia vem se tornando uma modalidade bastante pesquisada. Como toda terapia, é fundamental que seus princípios básicos sejam conhecidos, bem como patologia e o paciente que está sendo tratado, a fim de que a mesma possa ser bem empregada e os resultados conseguidos, satisfatórios.
O protocolo de atendimento aos pacientes com DTM varia de acordo com o nível de comprometimento das estruturas musculares e articulares, com sintomatologia clínica e o tempo de instalação do problema. Sendo assim, o tratamento deve-se iniciar com uma terapia para alívio dos sintomas, diminuindo a dor para restaurar a função.
Os agentes físicos mais usados para o tratamento da DTM incluem eletroterapia, ultra-som, iodoforese, agentes analgésicos, acupuntura e laser.
A laserterapia está crescendo dentro das opções pelo fato de reduzir custos, diminui a demanda por cirurgias e uso de medicamentos aliado a bons resultados. Não existe uma receita mágica para a utilização desta terapia, muitas vezes precisa ser adaptada a cada paciente. Quanto mais profunda a lesão, maior a quantidade de energia necessária para que o tecido alvo seja sensibilizado. A resposta do paciente deve ser observada a cada aplicação, verificando a necessidade de modificação da dose e assim reavaliar clinicamente a utilização de mais seções.
Dr. Claudio Fleig
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
terça-feira, 21 de agosto de 2018
Laser em Odontologia..... Porque indicamos?
Muitas vezes somos questionados sobre técnicas que indicamos para contribuir com a técnica cirúrgica utilizada em nossa clinica rotineiramente e um dos nossos "segredos" é a utilização do soft laser no pré e pós-operatório. Vamos explicar um pouco porque:
APLICAÇÕES E INDICAÇÕES NA ODONTOLOGIA
Alívio da dor - promove o alívio de dores de diversas etiologias, dores
de origem pulpar, dores nevrálgicas, dores em tecido mole, mialgias, dores de
pré e pós – operatório, entre outras aplicações.
Reparação tecidual - A fotobioestimulação por laser tem sido empregada
de maneira bastante eficaz após tratamento de canal, lesões traumáticas,
promovendo uma reparação tecidual mais rápida e com padrão de qualidade
tecidual superior.
Redução de edema ou “inchaço” e de hiperemia que seria o aumento da
circulação sanguínea local (efeito antiinflamatório, antiedematoso e
normalizador circulatório) – Indicado na aplicação do pós operatório de
procedimentos no campo da periodontia (inflamações gengivais e dos tecidos de
sustentação dos dentes), cirurgia oral menor, etc
Anestesia - Ajuda a diminuir o desconforto do paciente no momento da
aplicação da anestesia, visto que pode ser utilizado como pré-anestésico. O
laser promove aumento da microcirculação e, desta forma, ajuda na absorção do
anestésico, nos casos de pacientes com dificuldade para serem anestesiados.
A laserterapia é bastante eficaz no tratamento da hipersensibilidade
dental que está associada a uma dor aguda, súbita e de curta duração. A
hipersensibilidade pode ocorrer durante ou após a restauração dental, pela
retração da gengiva, e após o clareamento dental.
Alem disto ainda usamos esta técnica como auxiliar em outros tratamentos como por exemplo:
Alem disto ainda usamos esta técnica como auxiliar em outros tratamentos como por exemplo:
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Dores na articulação da mandíbula
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Paralisia facial
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Herpes simples (Herpes Labial)
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Herpes zoster
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Hipersensibilidade dentinária
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Afta
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Alveolite (infecção ou a inflamação do alvéolo pós extração dentária)
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Bioestimulação óssea
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Cárie
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Endodontia (Tratamento de canal)
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Língua geográfica (termo usado para descrever a aparência de mapa
geográfico da língua, causada por manchas irregulares em sua superfície, de
causa desconhecida)
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Lesão traumática
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Nevralgia do trigêmio (é uma dor de forte intensidade, basicamente
tipo um choque ou um raio que ocorre na face das pessoas. É geralmente de
curta duração, a dor vem e volta, e é considerada por algumas pessoas a dor
mais forte que o ser humano possa sentir)
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Parestesia (Sensações cutâneas subjetivas, por exemplo., frio,
aquecimento, formigamento, pressão, etc. que são vivenciadas espontaneamente
na ausência de estimulação)
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terça-feira, 14 de agosto de 2018
Devo tiras meus sisos?
Muitos pacientes me perguntam quando é necessário extrair os seus dentes do siso.Mas será que esses dentes não possuem mesmo nenhuma função?Devem ser sempre extraídos? Para responder essas perguntas, vamos conhecer um pouquinho mais sobre esses tão falados dentes do siso.
Eles são popularmente conhecidos como dentes do juízo, por nascerem por volta dos 17 a 20 anos de idade, e são os últimos dentes a nascer. Tecnicamente são chamados pelos dentistas de terceiros molares. No total, podemos ter quatro dentes do siso: dois superiores e dois inferiores, tanto do lado direito como do lado esquerdo. Mas há casos em que a pessoa nasce sem o “germe dental”, isto é, sem a sementinha de um ou mais dentes do siso.
Não muito raro, o dente não consegue erupcionar (“nascer”), ficando preso dentro do osso por falta de espaço na arcada ou por estar totalmente na posição horizontal. Nesses casos dizemos que se trata de um dente do siso incluso. Quando este dente permanece dentro do osso, pode produzir reabsorções de dentes vizinhos, dores e, em alguns casos, a formação de cistos.
Há outra situação onde os dentes erupcionam parcialmente e são chamados de dentes semi-inclusos. Ficam mal posicionados na arcada, provocando apinhamentos dos outros dentes e dificuldade de higienização, o que leva ao aparecimento de um tipo de inflamação gengival conhecida por pericoronarite. Isso gera muita dor para o paciente, além de inchaço e irritação local. Em casos mais agudos, a dor pode irradiar, causando dores faciais, no ouvido, garganta e até dores de cabeça.
Muitas vezes, por darem origem a quadros dolorosos, as pessoas já pensam em extrair os sisos, mesmo quando são dentes íntegros, bem posicionados e sadios.Mas a extração só é indicada quando os dentes estão inclusos ou semi- inclusos, não desenvolvendo a sua função de mastigação, além de dificultarem a higienização.
Para maiores informações, procure seu dentista para que ele avalie o posicionamento dos dentes do siso por meio de radiografias. Em muitos casos, eles podem nascer bem posicionados, auxiliando na mastigação e na digestão dos alimentos.
Tire as suas dúvidas e faça sempre consultas preventivas a cada seis meses com o seu dentista.
sábado, 11 de agosto de 2018
Bisfosfonatos e sua influência na prática da Odontologia
Os bisfosfonatos (BF) são os medicamentos mais utilizados em alterações do cálcio e do metabolismo ósseo de muitas situações clínicas, tais como câncer de mama, de próstata com metátese óssea, no mieloma múltiplo e na osteoporose, no excesso de cálcio no sangue (hipercalcemia maligna), e doença de Paget – doença no osso, considerada benigna, considerando que em todas estas doenças, reconhecidamente, causam reabsorção óssea.
A terapia medicamentosa com o BF se constitui numa fonte de preocupação para os cirurgiões-dentistas e médicos, após relatos de vários casos de necrose do tecido ósseo com a diminuição de sua vascularização - a osteonecrose, devido ao uso de bifosfonatos (OMB).
A osteonecrose dos maxilares associada ao uso de bifosfonato, segundo a American Association of Oral and Maxillofacial Surgeons (AAOMS), é uma doença que se caracteriza por uma área de exposição óssea na maxila ou na mandíbula que não se repara em oito semanas e acomete pacientes que estejam recebendo ou que receberam BF sistemicamente e não sofreram irradiação no complexo maxilomandibular.
A ocorrência de osteonecrose dos maxilares tem sido atribuída principalmente pelo uso intravenoso de substâncias como pamidronato e zolendronato, podendo também ocorrer com as apresentações utilizadas por via oral, como alendronato e risendronato.
A literatura cita alguns fatores que podem predispor ao desenvolvimento de OMB como tipo, via de administração e tempo de uso do BF, administração ao mesmo tempo com outros fármacos, principalmente corticosteróides, quimioterápicos, hormônio feminino como estrógeno, associados à realização de procedimentos cruentos (que envolvam sangue).
A remoção cirúrgica de um elemento dentário (exodontia) tem sido relatada como o principal fator inicial e um dos fatores de risco mais comuns da OMB entre pacientes que receberam BF representam cerca de 86% dos casos e o risco relativo de desenvolver (OMB) nesses pacientes é 5,3-53 vezes maior do que em pacientes que fazem uso de BF e não se submetem a procedimentos exodônticos.
A associação entre a exposição à BF e a incidência de osteonecrose da mandíbula tem sido encontrado em vários relatos de caso, revisões, estudos epidemiológicos e ensaios clínicos que relataram uma prevalência de osteonecrose dos maxilares, variando de 0,7% a 18,6% para medicamentos de uso intravenoso 0,01% para 4,3% em administrações orais.
É importante que o Cirurgião-Dentista realize anamnese criteriosa em consonância com o profissional médico, buscando informações detalhadas sobre a saúde do paciente, investigando o uso de BF. Caso o paciente esteja fazendo uso deste medicamento, ele deverá ser monitorado quanto à higiene bucal. Deve haver consenso entre o CD, o paciente que vai se submeter ao tratamento com BF e o médico no sentido de realizar o tratamento odontológico objetivando preventivamente debelar focos de infecções residuais, realizar exames intra/extra orais e radiográfico completo, tratamento periodontal e possíveis exodontias antes do inicio da terapia com biofosfonatos.
A OMB é uma doença nova, não há um protocolo terapêutico baseado em evidências, portanto a prevenção bem como o alerta aos profissionais envolvidos são atitudes importantes que não podem ser negligenciadas.
segunda-feira, 13 de junho de 2016
Reconstruções maxilomandibulares
Enxertos ósseos
As pessoas que perderam um, parte ou todos os seus dentes com as extrações, passam, a partir deste momento, a sofrer de constante atrofia óssea (reabsorção). Ao longo dos anos o osso do local da extração perde de 30 a 70 % de sua espessura e altura . Isto significa boca murcha, fala alterada, mastigação reduzida, expressão facial e sorriso limitado.
A única maneira comprovada cientificamente de interromper a perda óssea por falta de função é com a adaptação de implantes dentários, que são parafusos de titânio colocados no interior do osso, no lugar dos dentes perdidos e próteses adaptadas sobre eles.
Porém, se o osso estiver muito atrofiado pode ficar tão fino que nem cabe o parafuso e aí passa a ser necessário aumentar o osso local com enxerto ósseo.
Os enxertos ósseos servem para devolver ao osso um volume suficiente que possibilite a fixação do implante. Este tipo de procedimento cirúrgico demanda uma técnica minuciosa e muitos anos de experiência profissional.
Existem vários tipos de enxertos ósseos. Eles podem ser utilizados em bloco ou particulados. Em casos de um defeito ósseo de dimensão pequena, todo o procedimento cirúrgico pode ser feito em ambiente de consultório e com anestesia local, geralmente sem qualquer índice de dor.
Nos enxertos de grandes dimensões, para reconstruir toda a maxila, por exemplo, deve-se levar o paciente à ambiente hospitalar e sob anestesia geral.
Através de exame clínico minucioso, exames de imagem (RX e Tomografia) o cirurgião bucomaxilofaical terá subsídios para avaliar com precisão a quantidade de enxerto necessário. Desta maneira o paciente estará caminhando para um bom resultado no tratamento, que proporcionará estética, função e bem-estar social.
Consulte seu dentista para maiores informações.
sexta-feira, 10 de junho de 2016
Evite alguns medicamentos e vitaminas antes da cirurgia para diminuir os
riscos
Os cuidados são simples e previnem dificuldades de coagulação e
complicações na anestesia
Cirurgias odontológicas nem sempre são levadas a sério, como merecem.
Qualquer cirurgia envolve riscos. Os cuidados, sem dúvida, devem começar numa
boa anamnese e exame clínico, seguindo para os exames pré-operatórios:
eletrocardiograma, hemograma, coagulograma, urina e glicemia, conforme necessidade
considerada pelo seu cirurgião. Só isso, no entanto, é insuficiente para
reduzir os riscos de que algo fuja aos planos. Há sempre um risco calculado
para toda e qualquer atividade realizada e a função de um bom cirurgião é
reduzir esses riscos.
Uma simples vitamina E ou uma substância para dar mais pique como o
ginseng pode interferir no sucesso de uma cirurgia.
Abaixo, vamos considerar uma série de cuidados que, normalmente, passam despercebidos e que podem interferir no resultado da cirurgia odontológica, retardando a recuperação do paciente.
Medicamentos na berlinda
Abaixo, vamos considerar uma série de cuidados que, normalmente, passam despercebidos e que podem interferir no resultado da cirurgia odontológica, retardando a recuperação do paciente.
Medicamentos na berlinda
Faça uma lista completa de todos os medicamentos que você vem tomando, antes de enfrentar o bisturi. O ácido acetilsalicílico (componente da aspirina), antiinflamatórios e alguns antidepressivos são incompatíveis com algumas drogas anestésicas usadas no pré-operatório. Mais recentemente, descobriu-se que o ginseng, a gincobiloba, e a vitamina E podem interferir na coagulação do sangue, causando hemorragias.
O consumo desses medicamentos deve ser suspenso 15 dias antes da realização da cirurgia, para que o corpo metabolize totalmente as drogas. Os cuidados precisam ser redobrados no caso do ginseng, que demora a ser eliminado no organismo.
Pacientes de risco
Os fumantes são considerados pacientes de risco para a realização de qualquer tipo de intervenção cirúrgica, bem como os obesos e pessoas com grande quantidade de varizes. As mulheres que fazem uso de hormônios para reposição na fase da menopausa também merecem atenção redobrada. Esses pacientes apresentam grande chance de desenvolverem uma embolia durante a realização de cirurgias consideradas de grande porte, enxertos reconstrutivos de maxila, por exemplo.
No caso das fumantes que utilizam anticoncepcionais, o risco de formação de coágulos é ainda maior.
Atenção especial para eles
Alguns pacientes necessitam de atenção especial antes e durante a cirurgia, precisando ser assistidos por outro médico. É o caso de quem apresenta problemas cardíacos e precisa de um cardiologista durante a cirurgia. Como também no caso de pacientes diabéticos graves, que demandam um endocrinologista na cirurgia e no pós-operatório. Não há nada que impeça esses pacientes de se submeterem a uma cirurgia odontológica. Mas, usualmente, deve ser solicitado que consultem também um especialista para que ele peça mais exames.
Cirurgia proibida
Há casos em que é praticamente impossível realizar a cirurgia. Segundo a Sociedade Americana de Anestesiologia, os pacientes são divididos em cinco classes de acordo com o risco que apresentam ao se submeterem a uma cirurgia. Essa classificação vai de ASA 1 a ASA 5, e os classificados acima de ASA 3 apresentam um alto risco para a realização de intervenções por apresentarem um histórico extenso de doenças. Ocorrências como enfarte, angioplastia, cateterismo, diabetes, hipertensão e até idade avançada compõem um histórico de risco.
Bom senso é o fator mais importante a ser utilizado
quando se planeja uma cirurgia com o menor risco possível. Fique atento.....
terça-feira, 7 de junho de 2016
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