Infecções tardias em
casos de remoção de dentes inclusos
As complicações pós-operatórias
relacionadas à exodontia de terceiros molares mais comumente descritas na
literatura são: hemorragia, deiscências do retalho, alveolite e parestesia.
Além disso, existem relatos de complicações sérias, principalmente infecções,
sendo prudente encaminhar para um especialista em cirurgia bucomaxilofacial.
Com relação às causas de
complicações, alguns autores atribuem a um transoperatório complicado e
prolongado, outros consideram a técnica cirúrgica e experiência do operador, e
também se acredita na influência da idade e do sexo.
As infecções consequentes de
exodontia de terceiros molares são complicações raras . A literatura relata o
caso de um trabalho que avaliou 958 exodontias, observaram que apenas 1,5%
tiveram infecções, comprometendo o reparo alveolar e, geralmente, eram tardias.
Outros fatores sistêmicos também
são relatados, como: hepatite, asma, hipertensão, diabetes e outros fatores de
risco, como o cigarro e o álcool.
As infecções odontogênicas podem
invadir os espaços fasciais primários e secundários e levar o paciente a óbito
rapidamente quando não controladas, ou deixar sequelas como parestesias de
nervos sensitivos. A literatura descreve um caso raro de parestesia do nervo facial
como consequência de infecção odontogênica, particularmente associada a um
terceiro molar não irrompido . Outro autor relata um caso de abscesso submassetérico e infratemporal causado por
hematoma infectado pós-exodontia de
terceiro molar, resultando em um déficit neurossensorial como sequela da
infecção .
Ou seja, o que esta breve revisão
literária mostra é que são complicações que não podem ser menosprezadas e
precisam ser tratadas e acompanhadas de perto por um cirurgião bucomaxilofacial.
Geralmente precisa de intervenção direta no local de concentração da infecção,
com irrigação e limpeza da área, uso de antibiótico sistêmico.
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